Daquilo que a rotina me levou embora e eu estou me permitindo perder.
Sinto falta das leituras nos fins de tarde, sentindo a noite cair em volta da imaginação e da sensação de calmaria advinda do ritmo das letras.
Saudade do riso discreto ao deparar-me com o olhar de uma criança que me observa com certa curiosidade e encantamento, essa figura de olhos grandes, perdidos no sentimento e na estranha sensação de estar viva.
Saudades dos textos lidos e das conversas na varanda, olhando o céu escurecer e aos poucos revelar uma lua linda e repleta de luz, que nos inspirava a continuar caminhando em busca das respostas que tanto desejávamos.
Saudade de enxergar em meio aos movimentos da cidade algo em que pudesse me encantar, me resgatando daquele mundo barulhento para uma sensação de paz inexplicável. Fosse um colorido na estampa de um vestido numa velha senhora solitária, fosse uma árvore centenária em meio a uma praça qualquer ou um ramo quebrando o asfalto cinzento. Uma gargalhada involuntária que levasse a lágrimas de alegria ou um triste semblante que me instigava a desvendar os mistérios daquela alma aparentemente sofrida.
Saudade de perceber o vento a passar pelos cabelos e pêlos do rosto, como varrendo a alma de tudo que pudesse me perturbar ou fazer-me entristecer. Levava tudo, menos meus sonhos de que aquela força fosse continuar.
Tenho saudade de tudo isso. Tenho saudade de mim.
Fico apenas com a certeza de que se posso recordar é porque ainda posso sentir. Então eu tento.
Estou tentando, não desistir.
Diana
Sinto falta das leituras nos fins de tarde, sentindo a noite cair em volta da imaginação e da sensação de calmaria advinda do ritmo das letras.
Saudade do riso discreto ao deparar-me com o olhar de uma criança que me observa com certa curiosidade e encantamento, essa figura de olhos grandes, perdidos no sentimento e na estranha sensação de estar viva.
Saudades dos textos lidos e das conversas na varanda, olhando o céu escurecer e aos poucos revelar uma lua linda e repleta de luz, que nos inspirava a continuar caminhando em busca das respostas que tanto desejávamos.
Saudade de enxergar em meio aos movimentos da cidade algo em que pudesse me encantar, me resgatando daquele mundo barulhento para uma sensação de paz inexplicável. Fosse um colorido na estampa de um vestido numa velha senhora solitária, fosse uma árvore centenária em meio a uma praça qualquer ou um ramo quebrando o asfalto cinzento. Uma gargalhada involuntária que levasse a lágrimas de alegria ou um triste semblante que me instigava a desvendar os mistérios daquela alma aparentemente sofrida.
Saudade de perceber o vento a passar pelos cabelos e pêlos do rosto, como varrendo a alma de tudo que pudesse me perturbar ou fazer-me entristecer. Levava tudo, menos meus sonhos de que aquela força fosse continuar.
Tenho saudade de tudo isso. Tenho saudade de mim.
Fico apenas com a certeza de que se posso recordar é porque ainda posso sentir. Então eu tento.
Estou tentando, não desistir.
Diana